Para metaleiras, escalação do Monsters reforça caráter machista do estilo

As 15 bandas que vão se apresentar no Monster's of Rock, festival de heavy metal que acontece em São Paulo nos dias 25 e 26 de abril, formam um grande "Clube do Bolinha". Apenas uma mulher, Nadja Peulen, do Coal Chamber, faz parte de uma das atrações que vão tocar no evento.

O UOL ouviu parte do grupo excluído dos palcos dos grandes festivais. Mulheres metaleiras e integrantes de bandas que defendem a presença feminina no estilo, mas admitem que há muito machismo no cenário do heavy metal.

"Nós temos centenas de bandas comandadas por mulheres ao redor do mundo, e não é comum elas estarem escaladas em grandes festivais em quantidade igual à das bandas formadas só por homens", disse a blogueira Sana, autora de uma ampla pesquisa sobre mulheres no metal. Segundo ela, o machismo está presente na escalação de bandas que participam de festivais, mesmo que seja um machismo inconsciente.

A cantora alemã de heavy metal Doro Pesch (foto acima)--que vai tocar no Rock in Rio-- poderia ser chamada, segundo Sana. "Não apenas por ser considerada a Rainha do Metal, mas porque fez história no Monster's of Rock de Donington [no Reino Unido], em 1986, por ser justamente a primeira mulher a pisar no palco do festival", disse.


Para ela, outras bandas atualmente relevantes que contam com mulheres em sua formação (mais especificamente como vocalistas) são The Sledge/Leather Project, que da alemã Leather Leone; Holy Moses, da também alemã Sabina Classen, e Arch Enemy, da canadense Alissa White-Gluz , além da já citada banda nacional Nervosa (foto abaixo), formada por três metaleiras.


Nenhum comentário:

Postar um comentário